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Rodrigo Pirmez

Alopecia de tração

Novo artigo publicado por dermatologistas da Universidade de Miami revisa os aspectos clínicos, terapêuticos e históricos da alopecia de tração.

Alopecia de tração

A alopecia de tração foi descrita em diferentes países no início do século passado. Uma das primeiras descrições data de 1907, feita pelo médico dermatologista austríaco Trebitsch. Ele observou que mulheres da Groelândia que usavam um penteado típico local, semelhante a um coque apertado, desenvolviam com o tempo perda dos cabelos na região frontal do couro cabeludo. Na época, a entidade foi descrita como alopecia Groenlandica. Na pintura Greenland Mother (acima), por Langdon Kihn, é possível observar o penteado em questão.

Atualmente, a alopecia de tração afeta até um terço das mulheres de origem africana. A alta incidência de alopecia de tração nesse grupo de mulheres é atribuída ao uso contínuo de penteados que provocam tração excessiva sobre os fios. Esse tipo de queda de cabelo também é vista em alguns grupos religiosos e certas profissões nas quais é comum o uso de penteados com muita tração.

Os estilos mais associados ao desenvolvimento da alopecia de tração incluem coques e rabos-de-cavalo apertados, uso de extensões capilares (megahair e similares) e tranças apertadas (que recebem vários nomes como nagô, raiz, rasteira, trança crochê, entre outros).

Importante ressaltar que a alopecia inicial pode ser tratada com bons resultados. No entanto, o uso crônico de penteados danosos pode levar a perda irreversível dos fios, realçando a necessidade do diagnóstico e tratamento precoces pelo médico dermatologista

Referência:

Dr. Rodrigo Pirmez
CRM 5289677-2 | RQE 21413
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