Estudo realizado em 4 continentes avalia pacientes com queda de cabelo.
Estudo envolvendo 22 centros especializados em queda de cabelo traçou o perfil dos pacientes acometidos por queda de cabelo e as diferentes causas e doenças envolvidas. O estudo revisou dados de quase 3 mil pacientes de países da Europa, Américas, África e Austrália. O Dr. Rodrigo Pirmez foi um dos pesquisadores envolvidos no estudo, no Brasil.
O trabalho publicado em uma revista internacional especializada na área é de grande valor para dermatologistas e epidemiologista. O estudo em questão se dedicou a traçar o perfil dos pacientes atendidos nos centros especializados, ajudando os pesquisadores a compreender tanto o comportamento de doenças que afetam indivíduos em nível mundial como também peculiaridades de cada região.
Um dos dados interessantes do estudo é que a alopecia androgenética (calvície) continua sendo a principal razão de busca por atendimento médico especializado, seguida pela alopecia areata e eflúvio telógeno.
No entanto, o grande destaque se refere à alopecia fibrosante frontal: atualmente, esta é a alopecia cicatricial mais comum em todas as áreas geográficas estudadas. Esse achado vai ao encontro da impressão compartilhada pela maioria dos dermatologistas especializados em alopecias de que houve um grande aumento na incidência desta doença nos últimos anos.
Peculiaridades geográficas também foram detectadas. Alopecia de tração, alopecia central centrifuga cicatricial e foliculite queloidiana da nuca foram mais comuns em países africanos, quando comparados com os outros continentes. Este dado era de certa maneira já esperado, tendo em vista a maior ocorrência destes tipos de alopecia na população africana ou afrodescendente.
“Estamos felizes com este esforço. Este é o primeiro estudo do gênero realizado e nos fornece importantes informações para o estudo e compreensão da alopecias”, finaliza o Dr. Rodrigo Pirmez.
Referências:
